Motorbest

A classic as your first car

Who can deny the importance of the first car in our lives? On the other hand, how much does it cost to choose and pay for one to give to a child? In the world of classics there are perfect solutions for parents and children. It's new for him, classic for you.

My father never gave me a car, but I clearly remember that Friday when, as I had recently been registered, my father suggested that I take the old Renault that was stored there. And that's how, without apparent intention, I started to have a car. The interiors weren't brilliant, the exterior wasn't pretty and it used 14 liters per 100, but it was my first car and, therefore, it made a big impression on me. I made my first “shocks” with it, I was caught by the police doing tops and I took friends out (without extraordinary success, a responsibility I attribute entirely to the car). After removing the engine, the Renault ended up being scrapped. The memories remain forever and stories of the old machine are still repeated in friends' conversations, proving the importance of the first car in our lives.
If your child is approaching 18, prepare yourself for one of two possibilities: letting them stamp your car, in a touching act of selflessness on your part, or expanding the family fleet. If you opt for the second scenario and because the money is yours, why not also think a little about yourself and consider a classic? There are more than many reasons: the investment may be much lower, depreciation may not exist (it may even increase in value), repairs may become cheaper and the day your child leaves home or decides to buy a car, you “inherits” a classic. But I don't want to make you a selfish parent: your “little one” also benefits. What new car has as much charisma as a classic? What other type of car can stand out so much in the college park? What new car can be as “cool” as an old one? Classics solve everything and, in this case, everyone wins with any of the five options we present below.

Volvo 245 Wagon 1974-1993

Why this model?
Have you ever heard of “nerd-chic”? I'll explain, anyway: it's a trend according to which it is extraordinarily “cool” to wear everything that is usually considered incredibly cool. Confused? Me too. What is certain is that shirts that are tight to the last button, anoraks, thin nappa ties, vests and knitted coats with weird patterns are in fashion.
The Volvo Wagon 200 series fits perfectly into the “nerd-chic” concept. Incredibly robust, safe and practical, these cars were usually the choice of the “straightforward”, such as family men or individuals who simply played it safe and didn't embark on great adventures. This makes the Volvo the perfect car for an irreverent, radical and popular young person of the 21st century. This sounds less and less logical but… let's get to the facts: until recently, the only classic that young people seemed to appreciate was “sliced ​​bread”. From this point of view, the Volvo is perhaps a lesser evil, because unlike the VW it is a truly usable vehicle, objectively more elegant, immensely cheaper and much more comfortable, especially in a frontal collision.

What to look for?
The Volvo 200 series has had a long life, during which slight improvements and changes have been progressively introduced. All Volvos in this lineage are equally reliable and interesting. Almost all of them are in demand as classics, with the exception perhaps of commercial models. In other models, diesel versions are not usually the most popular “to store”. However, in this model, and taking into account the context of daily use, the 245 D6 may not be a bad option thanks to the indestructible six-cylinder engine. If you prefer to think in the long term, that is, the day your descendant no longer wants the “old car”, opting for the famous B21 engine is the right choice. All variants of this engine have more than 100 hp, much needed to move the consistent Volvo.
Aesthetically, the big difference is between the models before and after 1979. From this date on, the 200 series models (with the exception of the 242 GT) definitively abandoned the round headlights, adopting the large rectangular optics that would remain until the extinction of the model, albeit with subtle changes. The interiors are also different and have a more up-to-date design in the most recent models, but the style is similar: Nordic, pragmatic, austere but very comfortable and well designed.

What is it for?
The most famous Volvo is a vehicle you can trust and therefore serves many different situations. Despite its years, it is perfectly capable of withstanding long journeys, but is also pleasant enough for urban use. It is excellent for transporting bicycles, musical instruments or surfboards, once the rear seats are folded down. With so much space, the possibility of your first grandchild being inadvertently conceived there is not ruled out.

Equivalent object
Volvo is for young people like those black glasses, absolutely disproportionate, which are now almost as common as acne.

Alternative
It may be more expensive and not as obvious for lovers of “nerd-chic”, but it brings together the same arguments: the Mercedes W123 T is truly beautiful and, although rare, it exists with diesel or gasoline engines.

Should I buy one?
There is a growing tendency for new generations not to be interested in cars and, when they are interested, it is in things like this. You have to take advantage.

Volvo 245 DL
Motor: 4 cil. em linha; posição longitudinal dianteira; àrvore de cames àcabeça; 2127 cc; Carburador Stromberg; 107 cv às 5500 rpm; Transmissão:traseira; 4 vel. Manual; Travões: à frente, de disco; atrás, de tambor. Com servofreio;Chassis: monobloco em aço de 5 portas e 5 lugares;Comprimento: 4897mm; Distância entre eixos: 2639mm; Peso: 1394 kg;Velocidade Máxima: — km/h

Utilização: 4
Manutenção: 4
Fiabilidade: 5
Valorização: 2

MG Midget 1961-1979

Porquê este modelo?
Que jovem não desejaria ter um descapotável com estilo? Que pai não gostaria de o sacar para umas voltas ao fim de semana? Acredito que se identifique com esta sugestão, especialmente se o seu pai não pôde fazer o mesmo por si quando você tinha 18 anos.
O MG Midget é o clássico menos acessível desta lista mas, pelo preço de um exemplar em bom estado, os únicos modelos novos que poderá oferecer ao seu filho são profundamente aborrecidos. Seguramente nada que lhe apeteça pedir emprestado ao fim-de-semana ou que vá ajudar a sua descendência a tornar-se a pessoa mais popular da academia.
O mais interessante é que, indirectamente, este MG nasceu justamente com o propósito de ser o primeiro automóvel de alguém. Isto porque o primeiro Midget não era mais do que um Healey Sprite MKII com outro nome. Segundo “reza a lenda” Donald Healey terá dito aos seus engenheiros na reunião de “briefing” para o projecto Sprite, que pretendia criar “uma espécie de insecto de quatro rodas”. Algo que um miúdo pudesse “guardar na garagem ao lado da bicicleta”.

O que procurar
O Midget nasceu em 1961 com a mesma mecânica do irmão Sprite, ou seja, o modesto motor série A de 948 cc e 46 cv. Tal como o “irmão” Healey, o Midget MkI tinha vidros laterais desmontáveis sem elevador e as portas não tinham fechaduras ou puxadores exteriores. Para quem procura um simpático “adorno de garagem”, estas primeiras versões são as mais procuradas e bem cotadas. Para quem pretende um clássico utilizável, estes pormenores incomodam. Para além disso, já é difícil sobreviver no trânsito moderno com apenas 46 cv. O que lhe propomos é precisamente a opção menos popular mas também a mais acessível: o Midget conhecido como “rubber bumper”, devido aos enormes e descontextualizados pára-choques pretos que eram uma imposição da legislação americana. Este modelo montava o motor 1500 usado também no Triumph Spitfire e montava uma caixa com sincronizadores nas quatro marchas (infelizmente a mesma do Marina). Com 71 cv e menos cromados para riscar ou amolgar nos estacionamentos de principiante, este é o Midget ideal para o Século XXI. O aspecto foi muito criticado no seu tempo, levando a que muitos fossem transformados com acabamentos cromados. No entanto, apreciando com o devido distanciamento, os pára-choques pretos conferem um aspecto original e simultaneamente mais informal. Ideal para quem tem 18 anos.

Para que serve
O Midget não é um bom companheiro para grandes viagens devido à suspensão de curso reduzido, ao habitáculo pouco confortável e às performances e níveis de ruído pouco estraditas. Na cidade, no entanto, nada disso é muito relevante e o Midget é extremamente divertido de guiar graças a uma curta distância entre eixos, à direcção bastante directa e à transmissão traseira que, em tempo húmido, até permite aprender a fazer “slides”. Em tempo húmido é também possível que chova lá dentro, mas que mal tem isso para quem antes andava de bicicleta?

Objecto equivalente
O Midget está para um jovem como uns óculos Ray-Ban Aviator originais: todos percebem que são antigos mas continuam a ser “cool”, para além de valerem mais que uns novos.

Alternativa
A alternativa mais evidente é o Triumph Spitfire, que é mais elegante mas tão ou mais frágil. Por isso sugerimos um descapotável diferente e sub-valorizado que é simultaneamente mais racional e emocionante: um Toyota MR2 MKI.

Será que devo comprar um?
Já sabe a resposta a essa questão desde os seus 18 anos, não sabe?

MG Midget 1500
Motor: 4 cil. em linha; posição longitudinal dianteira; válvulas àcabeça; 1493 cc; 2 carburadores SU; 71 cv às 5000 rpm; Transmissão:traseira; 4 vel. Manual; Travões: à frente, de disco; atrás, de tambor. Com servofreio;Chassis: monobloco em aço de 2 portas e 2 lugares;Comprimento: 3581mm; Distância entre eixos: 2032mm; Peso: 740 kg;Velocidade Máxima: 155 km/h

Utilização 2
Manutenção 2
Fiabilidade 3
Valorização 4

 

Renault 4 1961–1992

Porquê este modelo?
Tal como outros clássicos populares, o Renault 4 só se tornou universalmente aclamado por ser barato, económico e fácil de manter. Esses são precisamente os argumentos que bastam para o convencer de que este é um dos carros mais adequados para oferecer ao seu filho. Para o convencer a ele, terá de se esforçar um pouco mais. Com sorte ele irá achar bem simpáticas as linhas da “4L”. Se tal não for o caso, fale-lhe da quantidade de quilómetros que conseguirá fazer com uma só mesada. Se ainda assim ele não estiver satisfeito, mostre-lhe quem manda e diga-lhe que no seu tempo adoraria ter tido uma e que não é ele que o vai impedir agora!
Relativamente a outros clássicos populares como o 2CV ou o Carocha, a “4L” tem como grande vantagem a cotação bastante baixa.
Por comparação com os rivais da época ou mesmo com os utilitários de hoje, a “4L “ tem como grande trunfo a facilidade de utilização em cidade. À excelente brecagem e aos comandos leves e fáceis de dosear, a “4L” junta uma suspensão perfeitamente adaptada ao uso em cidade. As ruas empedradas, a necessidade de subir um passeio ou até a eventualidade de ter de atacar um atalho de terra até a praia, são todas situações previstas e bem digeridas pelo pequeno Renault.

O que procurar
Uma vez mais, as versões mais antigas são as mais desejadas pelos entusiastas, particularmente a versão de três velocidades e motor de 747 cc. No “nosso caso” procuramos um modelo que possa ser utilizado descontraidamente no dia-a-dia e com todo o desprendimento natural de um jovem de 18 anos que não pagou o que carro que guia. Por isso, a sugestão vai para uma GTL, preferencialmente das derradeiras séries. Estas versões montavam já o motor de 1108 cc e 38 cv (mais 14 do que o modelo de lançamento). Exteriormente os sinais distintivos das últimas séries são os plásticos em cinzento claro – por oposição ao mais comum preto – e os pára-choques pintados nessa mesma cor em vez dos cromados que requerem mais manutenção e atenção nos estacionamentos. Como proposta de utilização quotidiana, as “4L” mais recentes têm como grande vantagem o interior forrado a tecido em vez da napa, bem como o tablier mais moderno e prático que inclui um painel de bordo mais completo do que os primeiros modelos.
A versão Clan, fabricada até 1993 na Eslovénia, tinha ainda a vantagem de trazer o motor preparado para digerir a gasolina sem chumbo, apesar de ter menos 4 cv que uma GTL normal.

Para que serve
O Renault 4 foi um dos primeiros “hatchback” de sempre, o que criou a confusão sobre se era uma carrinha ou um carro. Efectivamente, o seu espaço para carga continua a ser uma referência já que o acesso pela quinta porta é muito amplo e as cavas das rodas roubam muito pouco espaço interior. É por isso ideal para transporte de grandes objectos. A velocidade da “4L” não convida a grandes viagens em auto-estrada mas o conforto proporcionado pela suspensão compensa nas deslocações mais demoradas. O ambiente natural deste modelo é, naturalmente, a cidade.

Objecto equivalente
No briefing para a criação da “4L” Pierre Dreyfus estabeleceu como objectivo a criação de um carro que fosse como uns “jeans”: que fosse confortável e prático e se adaptasse a qualquer ocasião. Quem sou eu para o contradizer?

Alternativa
A opção mais evidente seria uma Dyane mas, uma vez mais, sugiro algo diferente. O Fiat Panda original é um carro jovem que marcou uma época, igualmente espartano e económico e que, aos olhos de alguém com 18 anos, é um carro muito antigo.

Será que devo comprar um?
O saudosismo é uma coisa tramada. Pode dar-se o caso de, na hora em que se sentar ao volante, dar consigo a pensar que cometeu um erro. O lado bom é que quem sofre com isso é o “mais novo”.

Renault 4 GTL Clan
Motor: 4 cil. em linha; posição longitudinal dianteira; válvulas àcabeça; 1108 cc; 1 carburador Zenith; 34 cv às 4000 rpm; Transmissão: dianteira; 4 vel. Manual; Travões: à frente, de tambor; atrás, de tambor. Sem servofreio;Chassis: separado com carroçaria em aço de 5 portas e 5 lugares;Comprimento: 3670mm; Distância entre eixos: 2450mm; Peso: 720 kg;Velocidade Máxima: 121 km/h

Utilização 4
Manutenção: 5
Fiabilidade 4
Valorização 2

Peugeot 106 Rallye S1 1993-1997

Porquê este modelo?
A maior parte dos jovens adora velocidade e emoções fortes. Se o seu filho for um desses, seja qual for o modelo que lhe passe para as mãos, há-de usá-lo como se de um carro de corrida se tratasse. Assim sendo, o melhor talvez seja dar-lhe um carro que corresponda às expectativas e faça exactamente aquilo que o condutor quer (e pensa que sabe) fazer.
O ícone dos desportivos compactos franceses continua a ser o 205 GTI. O 205 Rallye, contudo, está bem mais próximo do conceito de “carro de corrida para estrada”. No entanto, é um modelo raro e cada vez mais valorizado. Os carburadores duplos também não se compadecem com uma utilização quotidiana e uma mesada realista. Assim sendo, o modelo mais adequado ao jovem acelera e simultaneamente apelativo para o pai entusiasta, é o 106 Rallye.
Tal como o 205 Rallye, este carro nasceu como um “homologation special”, o que significa um modelo criado para homologar as especificações que serviriam de base a um carro de corrida. Neste caso, um carro de rali para a classe até 1300cc. Com o modelo antecessor, o 106 Rallye partilha o bloco em liga leve, assim como quase todas as peças móveis. A cabeça é a mesma do Peugeot 106 XSI. A suspensão é também partilhada com o irmão “mais civilizado”, excepção feita às barras estabilizadoras de maior diâmetro.

O que procurar
Com um comportamento radicalmente desportivo e eficaz, o chassis “dança” ao som de um motor capaz de fazer 7400 rpm. A carroçaria assume este carácter extrovertido com uma decoração bem diferente do 106 XSI. O Rallye estava apenas disponível em branco, preto e vermelho, por isso são de rejeitar exemplares com outras colorações. A completar a decoração simplista o 106 apresentava faixas autocolantes com as cores da PTS (Peugeot-Talbot-Sport). Só os exemplares mais estimados mantêm as faixas intactas e devidamente aplicadas, o que faz desse um pormenor a ter em conta. Interiormente, o Rallye é muito simples, não havendo muito para avariar. Até os vidros são de abertura manual, no verdadeiro espírito “lightweight”. Os bancos têm um tecido de padrão próprio, com o símbolo PTS, pelo que convém que estejam em bom estado.
Mecanicamente, o 106 é consideravelmente simples e robusto. O problema é a “história de vida” de cada um. Por serem acessíveis e rápidos, grande parte deles caiu nas malhas do “gang do boné”. Há que fugir de carros rebaixados e procurar sinais nos pontos de ancoragem que evidenciem os castigos de uma suspensão absurdamente rígida. Vale a pena procurar todos os sinais de um motor “cansado” como fumos, bater de válvulas excessivo, etc.

Para que serve?
Para acelerar, pois claro! O 106 Rallye é um “brinquedo” viciante com um comportamento e um “feedback”ao nível dos melhores desportivos. Num troço de curvas o seu filho vai conseguir mexer com os nervos àquele colega que tem um Mini Cooper novinho.
Porque a base é a de um pequeno utilitário e tem apenas 1300cc, o Rallye adapta-se muito bem ao uso em cidade, sem fazer estragos à carteira. E quando chegar o fim-de-semana mande o seu filho estudar e vá até um track-day com o carro dele!

Objecto equivalente
O 106 Rallye está para um jovem como aquelas sapatilhas coloridas e com sola especialmente desenvolvida para atletismo que, “por acaso”, ficam muito bem com jeans e acabam por ser confortáveis para ir para as aulas.

Alternativa
Giro era ter um 104 ZS mas são já tão raros que talvez seja melhor procurar um AX GTI Trofeu.

Será que devo comprar um? 
Não há dúvidas de que o miúdo vai gostar. A grande questão é: quão velho se sente o pai? É que o Rallye exige alguém capaz de arregaçar as mangas e de suar para o guiar depressa. Tudo sem mordomias. Acha que que ainda consegue explicar ao seu filho como se faz?

Peugeot 106 Rallye S1
Motor: 4 cil. em linha; posição transversal dianteira; árvore de cames àcabeça; 1294 cc; Injecção; 100 cv às 7200 rpm; Transmissão:traseira; 5 vel. Manual; Travões: à frente, de disco; atrás, de tambor. Com servofreio;Chassis: monobloco em aço de 3 portas e 5 lugares;Comprimento: 3564mm; Distância entre eixos: 2385mm; Peso: 810 kg;Velocidade Máxima: 187 km/h

Utilização 4
Manutenção 4
Fiabilidade 4
Valorização 3

 

Toyota Land Cruiser BJ40 1960-1984

Porquê este modelo?
Os “jipes” nunca estiveram tanto na moda e os modelos clássicos continuam a ser muito do agrado dos jovens pela mensagem implícita de liberdade e irreverência. Para si, que aprecia as aventuras fora de estrada e não pretende viver com os inconvenientes de um “jipe” no dia-a-dia, encontrou a desculpa perfeita. Os desconfortos de um TT com 30 anos não são nada para quem ainda está na idade de dormir em tendas, ou de jogar futebol à chuva.
O BJ40 é também o modelo perfeito para aguentar todos os descuidos típicos de um jovem encartado. Nada de pinturas metalizadas, assentos com tecidos delicados ou tretas eléctricas para avariar. No Land Cruiser não há ligações para iPod, mas em compensação consegue acartar toda a aparelhagem necessária para um concerto de garagem. Ao contrário de um “jipe” moderno, não tem suportes para copos, mas se colocar uma mesa entre os dois bancos corridos de trás pode fazer um piquenique “indoor” e no fim basta varrer as migalhas para ficar novamente impecável.
As capacidades todo-o-terreno do Land-Cruiser são exemplares e a fiabilidade é tipicamente Toyota. O facto de ser já um modelo de culto, facilita o acesso a peças ou especialistas.
A juntar a tudo isto, é de realçar a estética do BJ40, que dá ares de Willys japonês (não é por acaso), especialmente quando se retira o hardtop. O facto de ser descapotável também é um argumento importante para convencer o seu herdeiro.

O que procurar
Não confunda o BJ40 com o FJ40, já que este último tem tejadilho fixo. Pode optar entre modelo a gasolina ou diesel. Em nenhum dos dois há o perigo do seu filho ser apanhado em excesso de velocidade. Já que os “picanços” com Cayennes estão fora de questão, o melhor é optar pelo motor diesel de quatro cilindros e três litros que, para além de mais económico, é brutalmente fiável e tem uma curva de binário mais adequada às aventuras fora de estrada.
O mais famoso dos Land Cruiser existe também em versão longa, com mais espaço para transporte de cargas e amigos, mas muito pouco prático para manobras urbanas.
Verifique o estado geral da carroçaria pois, apesar de resistentes, alguns exemplares levam já quase 50 anos de maus-tratos. Inspeccione o hardtop nos encaixes das janelas e nos pontos de contacto com a carroçaria, aonde sempre se acumula água.
A partir de 81, alguns exemplares têm direcção assistida, um extra altamente recomendável.

Para que serve
Ao contrário dos todo-o-terreno modernos, serve realmente para atacar a terra, a areia e outros obstáculos. Serve para levar a namorada a um lugar inóspito e recatado. Pode também servir para rebocar outros clássicos, para ir comprar lenha, para passear o cão, puxar barcos ou descer escadas. Serve para ir para a praia com muitos amigos e voltar sem se preocupar com a areia nos pés. Não serve para grandes deslocações.

Será que devo comprar um?
Isso depende de como está a educar o miúdo. Ele é daqueles que comem tofu e ervas? Então esqueça lá isso! Ele como um animal de médio porte e manda abaixo dois bifes e um copo de vinho como se ninguém estivesse a ver? Toca investir no Land Cruiser.

Alternativa
Um Land Rover parece evidente, mas é demasiado caro e espartano. A melhor solução talvez seja mesmo um Suzuki Santana, um modelo que já é, e será cada vez mais, objecto de culto.

Toyota Land Cruiser BJ40
Motor: 4 cil. em linha; posição longitudinal dianteira; válvulas àcabeça; 2977 cc; Bomba injectora; 80 cv às 4000 rpm; Transmissão:integral; 4 vel. Manual; Travões: à frente, de tambor; atrás, de tambor. Com servofreio;Chassis: separado com carroçaria em aço de 3 portas e 7 lugares;Comprimento: 3840mm; Distância entre eixos: 2286mm; Peso: 1554 kg;Velocidade Máxima: 121 km/h

Utilização 3
Manutenção: 4
Fiabilidade 5
Valorização 3