Motorclássico 2025
Desde 2024 que o Salão Motorclássico se tornou uma marca forte do calendário de eventos de clássicos. Esta é a oportunidade das empresas de comércio, restauro e serviços se aproximarem da clientela de Lisboa e sul do país, pelo que se reveste de grande importância.
Para os clubes sedeados no sul, este é também um momento de excelência para divulgação do seu trabalho.
Depois de anos em que se realizou na FIL, o evento mudou-se para Cordoaria Nacional, sendo esta a terceira edição ali realizada e, embora o espaço seja mais compacto, a organização não deixou de procurar implementar alguns espaços de animação, com exposições temáticas e animação.
Grandes aniversários
Como acontece este ano em quase todos as exposições, a estrela é o Citroën DS, pela comemoração do seu 70º aniversário. Com a ajuda do Clube Citroën Clássico de Portugal, foi montado um espaço muito interessante, onde figuravam diferentes variantes do DS, nomeadamente, primeira e segunda geração e as versões Familiale e Chapron Décapotable.
Também este exposto um Fiat 600 em referência aos 70 anos do modelo que ajudou a democratizar a mobilidade das famílias europeias.
Igualmente a comemorar 70 anos esteve a Alpine. Graças ao envolvimento da Renault Portugal, foi possível ter expostos os actuais modelos, nomeadamente um exclusivo A110 R e o eléctrico A290 a ladear a verdadeira estrela, um A110 1600 S com a decoração usada por Jean Pierre Nicolas no rali de Portugal de 1973.
Outro importante momento da história internacional do desporto automóvel, ocorrido em Portugal, foi a primeira vitória na F1 de Ayrton Senna. Para comemorar o facto, esteve exposto o Fórmula Ford Van Diemen RF81, exemplar com que Senna se estreou a pilotar monolugares.
Orgulho nacional
Outro marco histórico celebrado este ano é o meio século do Portaro. O salão Motorclássico não quis perder a oportunidade de celebrar este produto de cunho nacional, expondo um exemplar, tal como o conhecemos, mas também o seu protótipo. Para fazer a resenha histórica do que foi o desenvolvimento e produção do modelo, esteve presente aquele que é conhecido como “Pai do Portaro”, Hipólito Pires, que foi assim um dos convidados das Motor Talks que decorreram ao longo do fim-de-semana.
Outro arrojado projecto nacional, este mais recente e ainda em implementação, é o do superdesportivo Adamastor Furia, que esteve em exposição no salão. Ricardo Quintas, o líder do projecto, esteve também presente nas Motor Talks para explicar os detalhes da máquina e de como tem sido este desafio, que vive quase inteiramente assente em know-how português.
Mais animação nas Motor Talks
Pedro Martins Costa e Adelino Dinis, conduziram ao longo do fim-de-semana várias conversas muito interessantes, que acabam por trazer muita dinâmica ao salão e interessantes momentos de partilha. De referir que aconteceram ainda mais conversas relativa a aniversários, nomeadamente com a presença do Clube Citroën Clássico de Portugal relativamente aos 70 anos do DS.
A primeira conversa do evento decorreu ainda na sexta-feira, com a presença dos jornalistas Hugo Reis, director editorial da T&C e fundador da Motorbest e de Guilherme Costa co-fundador da Razão Automóvel. Numa conversa conduzida por Pedro Martins Costa do Jornal dos Clássicos, falaram dos desafios da comunicação automóvel nos canais digitais e no papel e da sua missão enquanto divulgadores da cultura automóvel. Houve também tempo para falar dos percursos pessoais, da visão do futuro dos entusiastas dos automóveis e dos grandes momentos vividos por cada um ao volante, durante o seu percurso profissional.
Mais automobilia e mais particulares
Um aspecto em que o salão melhorou face à edição anterior foi o crescimento dos expositores de automobilia, nomeadamente livros, vestuário, peças e miniaturas.
Também a venda de automóveis de particulares teve um considerável crescimento, com muitos modelos para todas as gamas de preço.
Concluída mais uma edição, o Museu do Caramulo está já a trabalhar na exposição de 2026.