Motorbest levou 35 Porsche ao MAHI na Galiza

No fim-de-semana passado, a Motorbest Tours organizou o Passeio Porsche Portugal na Galiza, que reuniu 71 pessoas e 35 automóveis, que iam desde o 930 Turbo de 1981, até ao novíssimo 992.2. Curiosamente, quase todos os modelos presentes eram 911 ou Boxster, à excepção de um 968, um Taycan e um Macan. 

Esta grande família de entusiastas da marca, reuniu-se na manhã de sábado no Centro Porsche de Braga, que providenciou a todos um belíssimo pequeno-almoço. Naquele ambiente tão especial, alguns aproveitaram para conhecer em detalhe modelos expostos como era o caso do 992 GT3 RS, do Spyder RS e GT4 RS, entre outros.

Depois de reunida a comitiva, que tinha origem em vários pontos do país, a partida foi precedida de um pequeno briefing e uma palavra de agradecimento ao Centro Porsche de Braga cujo Director, Hugo Ribeiro da Silva, fez questão de marcar presença, deixando, também ele, uma palavra de incentivo e de gratidão ao Porsche Club Portugal pelo trabalho feito em prol da marca.

De referir que o Centro Porshe de Braga forneceu à equipa Motorbest um magnífico Porsche Panamera 4 E-Hybrid para liderar a caravana - tema que merecerá tratamento próprio noutro artigo – e que muito contribui para tornar ainda melhor esta jornada de trabalho prazeroso. 

Gastronomia e cultura
Exceptuando uma paragem para abastecimento e repouso, o primeiro destino foi o Convento de San Francisco do Val de Deus. Depois dos aperitivos servidos nos claustros, a comitiva teve a honra de almoçar na sala concebida como cantina dos monges Franciscanos. 

Após um almoço excepcional, os participantes tiveram direito a uma exclusiva visita guiada, realizada por um dos frades que ainda hoje habitam este convento.

Sobrou ainda tempo para a obrigatória visita a pé ao centro de Santiago de Compostela, antes da partida.

Entusiastas galegos ao rubro
Quando se conduz uma caravana de 35 automóveis Porsche através de algumas cidades, não é provável passarmos despercebidos. No entanto, foi surpreendente a quantidade de “spotters” que, de câmara em punho, nos aguardava à saída do convento, provando que os automóveis especiais proporcionam prazer não apenas aos seus proprietários e que o uso é uma forma de partilha. 

O cenário havia de se repetir no dia seguinte, no Museo de Automoción e História. 

Estradas verdes, clima cinzento
Para ir de Santiago à Corunha, escolhemos um conjunto de estradas nacionais ondulantes ladeadas por belas paisagens. Como sempre, optámos por dar a conhecer os caminhos menos óbvios, mas que dão mais satisfação. 

As estradas da região permitem rolar a bom ritmo e em segurança mas, infelizmente, o clima não foi amigo dos Porsche e o sol raramente brilhou. Apesar disso chegou-se sem dificuldades ao Hotel Attica onde foi servido o jantar em sala reservada ao grupo, antes do merecido descanso. 

Cultura automóvel em dose generosa

A manhã seguinte estava reservada para a visita ao MAHI – Museo de Automoción e História, em Arteixo. Este espaço é relativamente recente e foi construído para acolher a colecção privada de Angel Jove, que desde cedo se dedicou a coleccionar não só automóveis, motos, camiões e tractores de todas as gerações, como um número infindável de objectos de época, de trajes a rádios, passando por máquinas de escrever, miniaturas, quadros e muito mais. 

Com o recurso a estes objectos, cada ala do museu tem um enquadramento especial, cuja história se entrecruza com a dos veículos.

O nosso guia explica que, no museu, apenas cabe cerca de 60% da colecção de Angel Jove, que além de vários veículos emblemáticos e desejáveis, inclui também veículos de trabalho, de emergência e militares. 

A colecção integra ainda o importante espólio histórico da Pegaso, doado ao museu pela IVECO, após a compra da marca espanhola. 

A visita guiada durou cerca de duas horas, num percurso que chega quase aos três quilómetros. 

Almoço e um ritual antes da despedida
Depois da visita, o almoço foi servido no restaurante do MAHI, proporcionando mais oportunidade de convívio entre os participantes.

A encerrar a refeição, houve tempo para um momento divertido, através da celebração da “queimada galega”, ritual pagão destinado a espantar “bruxas e maus-olhados”, em que a queimada da aguardente é acompanhada pela leitura do “esconjuro”. 

No final, após lentas despedidas, cada um regressou a casa ao seu ritmo, mas todos com a vontade de um reencontro no próximo evento do dinâmico Porsche Club Portugal.