Qual é a cor que vale mais?
Todos conhecemos a realidade europeia no que toca às cores dos automóveis. Actualmente, o cinzento, o branco, o preto e prata cobrem uns incríveis 75% das escolhas dos compradores de automóveis novos. Da mesma forma, quem compra um automóvel em segunda mão, “joga pelo seguro” e prefere os tons mais previsíveis.
No entanto, será que este padrão se adequa à compra de automóveis antigos e clássicos?
A seguradora Hagerty, perita em avaliações e estudo do mercado dos veículos coleccionáveis, decidiu estudar o tema com base nas vendas públicas (leilões) e retirou conclusões muito interessantes.
O “grupo de teste” foi a marca Porsche, cujos modelos se sucedem na história com o mesmo tipo de conceito e de linhas, sendo, por isso, uma amostra mais “estável” e duradoura. A Porsche é também uma marca que oferece de série uma vasta paleta de cores.
As conclusões são surpreendentes.
Analisando as cores relativamente à média de preços para os diversos modelos e épocas, conclui-se que aquela que pode ter um impacto mais positivo (valores até 2500€ superiores) é… o amarelo. No sentido oposto está o verde, logo seguido do preto.
O estudo conclui também que a concretização da venda em leilão também varia em função das cores e que os mais vendidos em leilão são os Porsche azuis, seguidos dos cinzentos, com um honroso terceiro lugar para o cor-de-laranja.
A análise permitiu perceber que a apetência por cores intensas é mais consistente quando os automóveis são um pouco mais antigos, mas que, em todo o caso, cores como o vermelho e amarelo são muito apreciadas em todas as fases da história da Porsche.
Detalhando um pouco mais, a Hagerty chega distinguir as diferenças entre os vários tons da mesma cor. Contudo, a informação mais relevante e que é apresentada como conclusão, é a de que as “cores seguras” (preto, cinzento, prata, branco) têm uma prestação mediana na procura e na valorização dos automóveis antigos e clássicos e que essas preferências vão também variando consoante o ano das vendas analisadas.
Por isso, se estiver em vias de fazer uma compra, o melhor é escolher com o coração e ir ao encontro do seu gosto pessoal, pois as escolhas seguras podem não o ser, e as opções arriscadas podem bem ser uma agradável surpresa.